Apresentador : Cláudio Boldorini Júnior
Filiação: DCM
Data: 11/02/2022
Horário: 15:00
às 18:00
Local: Google Meet: https://meet.google.com/bqh-opmg-mun
Descrição: Resumo: A robustez das redes sem escala é originada pela sua alta tolerância a falhas aleatórias, característica inferida dada a sua particularidade de ter poucos vértices concentrando grande parte das arestas que a mantém conectada. Por outro lado, esse aspecto apresenta uma fraqueza a ser explorada: a remoção coordenada desses vértices.
A formação dessas redes tem seu viés baseado na priorização de vértices com maior número de arestas para novas conexões, fazendo com que poucos deles concentrem a maior parte das arestas, gerando os concentradores. Pode-se dizer então que dificilmente uma série de falhas aleatórias conseguiria atingir uma quantidade relevante dos mesmos a rede entrar em colapso, mas um ataque direcionado aos concentradores pode causar dano considerável na rede com poucas remoções.
Sabe-se que quando os vértices concentradores são removidos da rede de maneira otimizada a mesma entra em colapso devido à sua incapacidade de se conectar com os pontos que concentram a maioria das ligações da rede fazendo com que o tráfego busque rotas alternativas que geram falhas em cascata, causadas pelo tráfego anormal de informação transitando por arestas e vértices que não suportam tal carga. Aqui, nos interessamos na quantidade de vértices concentradores a ser removido para que redes sem escala se tornem desconexas.
Para alcançarmos esse objetivo, apresentamos uma medida de simples compreensão e com o tempo de execução efetivo até mesmo para redes de larga escala, que identifica e quantifica os vértices a serem removidos para gerar um colapso na rede alvo. A grandeza acima citada foi gerada através de uma adaptação do conceito 80/20 - teorema de Pareto - sobre o valor do menor grau da rede analisada.
Através da aplicação de tal coeficiente notou-se dois fenômenos: não há necessidade de excluir muitos vértices para que a rede entre em colapso e após a remoção dos vértices concentradores, a sub-rede remanescente deixa de apresentar as características de uma rede sem escalas - a distribuição de graus regida pela lei da potência - e passa a demonstrar traços de uma rede aleatória, ou seja, sua distribuição de graus é aproximada a uma distribuição normal.