Apresentador : Vinícius de Souza Gonçalves
Filiação: DCM
Data: 18/11/2021
Horário: 14:00
às 18:00
Local: Modo remoto
Descrição: RESUMO: Problemas de acessibilidade em aplicações móveis podem fazer com que um
usuário não consiga utilizar adequadamente uma aplicação. A adoção de algumas diretrizes e
práticas de desenvolvimento pode tornar as aplicações mais acessíveis e consequentemente
diminuir frustrações, perdas de tempo e monetárias, além de aumentar a produtividade e o
alcance de metas. Logo, estudos nas áreas de Ergonomia e Interação Humano-Computador
(IHC) objetivam a formulação de diretrizes e princípios para auxiliar o desenvolvimento de
aplicações móveis acessíveis ao público, em geral e com deficiências. Para tornar uma
aplicação acessível, desenvolvedores de software devem conhecer e aplicar diretrizes,
recomendações e princípios voltados à acessibilidade desde o início do processo de
desenvolvimento de software. Dentro desse processo, a avaliação de acessibilidade de
interfaces de usuário de aplicações móveis exige um vasto estudo e conhecimento de
documentos que apresentam recomendações para tratar acessibilidade. Com o intuito de
facilitar o processo de avaliação de acessibilidade de interfaces de aplicações (web ou móveis),
surgiram ferramentas que realizam avaliações de acessibilidade de maneira automática. Há
trabalhos na literatura voltados a tratar acessibilidades para pessoas com deficiências visuais.
O objetivo deste trabalho é auxiliar a avaliação de acessibilidade de interfaces de usuário de
aplicações móveis, por meio de uma ferramenta computacional que avalie automaticamente a
acessibilidade de interfaces de usuário de aplicações móveis, seguindo as diretrizes da WCAG
2.1 propostas pelo W3C. A ferramenta de avaliação de acessibilidade proposta, denominada
AETool (Android Accessibility Evaluation Tool), concede feedbacks, ao desenvolvedor durante a
etapa de desenvolvimento da aplicação móvel, para análise de questões de acessibilidade de
aplicações móveis. Para avaliar a ferramenta, utilizou-se as seguintes aplicações móveis, a fim
de levantar problemas de acessibilidade: (i) SofiaFala - Fonoaudiólogos, (ii) SofiaFala -
Criança, (iii) Sound Recorder e (iv) Minimal To Do. Posteriormente, especialistas em IHC
avaliaram a acessibilidade dessas aplicações, seguindo as diretrizes do WCAG 2.1. Com o
comparativo entre as avaliações realizadas pela AETool em relação as dos especialistas, foi
possível avaliar a aplicabilidade da ferramenta. A AETool encontrou 56,53% das violações de
acessibilidade existentes na soma das quatro aplicações móveis utilizadas como objetos de
estudo. A AETool julgou haver 340 violações de acessibilidade somando as violações
encontradas em todas as quatro avaliações. Dentre as 340, 303 são violações reais, ou seja,
89,11%. Esse fator é importante de considerar, pois mostra a precisão da ferramenta em
encontrar violações de acessibilidade reais.